domingo, 16 de abril de 2017

meu bordel em dortmund


● q maravilhoso bordel eu tive ●
● em dortmund com candelabros de cristal ●
● com sofas de couro de elefante e leões ●
● q maravilhoso era meu bordel ●
● so bebiamos cognac caramelado e o vinho ●
● q gauleses tão perversos criam perfeitos ●
● q maravilhoso era o bordel ●
● com carnes rubras olhos bocas e xoxotas ●
● as mais belas e a maquina jamais cessava ●
● q maravilhoso era o bordel em dortmund ●
● com aquelas camas cobertas de cetim ●
● camas cheias de algodão e petalas ●
● q maravilhoso bordel eu tive ●
● desde jovem quando dei ao chefe ●
● o inaceitavel lucrando em troca a certeza ●
● q maravilhoso era o bordel em dortmund ●
● onde o dinheiro corria como cavalos ●
● enrabados por idiotas e palhaços ●
● q maravilhoso era o bordel ●
● q devorava dinheiro desejo e todo poder ●
● mercado é o q faz vibrar nossas fendas ●
● q maravilhoso era meu bordel ●
● colorido e aberto a todos os senhores ●
● nem viamos a treva o frio q não larga ●
● q maravilhoso bordel eu tive ●
● em dortmund com atelier pros uniformes ●
● rasgados togas batinas e ternos ●
● q maravilhoso era meu bordel ●
● com um belo cemiterio pros anjinhos ●
● se soubessemos a treva o frio q não larga ●
● q maravilhoso era o bordel ●
● pro condutor pros soberanos e patrões ●
● so recebia quem mandava trabalhar e morrer ●
● q maravilhoso era o bordel em dortmund ●
● ali arrastei suor e sangue o corpo sem gozar ●
● q é deles sempre aquele gozo indiferente ●
● q maravilhoso bordel eu tive ●
● em dortmund era la q batiam pra matar ●
● era la q enterravam chorando como teatro ●
● q maravilhoso era o bordel em dortmund ●
● era la q eles comiam a carne o peixe ●
● a mãe o pai o irmão a irmã e o tigre ●
● q maravilhoso era o bordel ●
● era la q se vestiam de dama e dançavam ●
● era la q surgiam de princesa e caiam de 4 ●
● q maravilhoso era meu bordel ●
● ali arrastei suor e sangue o corpo sem gozar ●
● se soubessemos a treva o frio q não larga ●
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Alberto Lins Caldas

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