sábado, 17 de junho de 2017

"Dormi rosas assistidas no
devedê
sonhei
vinham sorrindo
públicas cores de paixão
vinham à meus pés
macias pétalas
perfumes da noite
atravessados na garganta
quase a engasgar
entregava-me
deitei-me num quarto (1/4)de hora
enroscando a boca na tua saliva
naquele quarto me despi
rodava a fita ainda zonza
quando acordei
ouvi o barulho e sem saber
se era o canto dos pássaros
ou o perfume das rosas
feri-me nos espinhos"
Thiers Ribeiro de Andrade (Thiers Rimbaud, Rosas assistidas, Chovem as Luas de Paris, Big Time, 2015)


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