quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Geografia do cárcere



Entretanto,
Entre tantos
Tantos entraves
Tem tido

Que se tiver
Talvez tolhido
Teus trocados
Tais totens.

Todos
Traçam terrenos
E plenos
De ar, pulmões
Trovadores

Entre mim e o poema
Um tranco avassalador
No grito oco
Pelos poros da cantilena

Suave sairia ser são
Se santos prantos
Em lamas da adoração
Nuances, verbo vão
Viável fosse ver-te
Em luas, arremedos
Capitalismos,
Malfadados
Ou socialismos que não
Guerreiam pelo pão

A teoria leve levaria
Longe
O monge à estrebaria
De bois

O significado
Do brado, açoite intelectual
Buscaria
Gentes e gentes
Compreensão

Sem ler,

Uma linha sequer.

Ou lendo,
E mudando parâmetros
De configuração do ego
Em quedas
De energia vital

Habitamos,
Terra, planeta, violáceo
De violência
E violão.

Reagimos, eu,
Eu tão nós
Que após ser-me
Não novelos de reais
Aporias cósmicas
Pelas odes ao
Que preenche
E navega de volta
Ao cais.

A palavra
Sub utilizada
Amalgama-se, vernácula,
Culta,
Ou resmungos, respingos
Na página
Que não mais.

Primatas habitam

Noites além

Laudas de encanto
Sonega meu sonho
O porto estelar
Em teu cimo
No que rimo

À tua aurora
Singular

Brilhara pelos meus ais.

ACM


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