sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Quando se entende a dor de um poeta


Admiração sempre tive
Pelo poeta Álvares de Azevedo.
Que na plenitude sagrada da poesia,
Debruçava-se em amáveis pensamentos.

Da dor da paixão mal resolvida,
Que das fibras o coração dilacerava...
Sonhava das noites mal dormidas
Pelo beijo sagrado da mulher amada.

Das suas obras só uma coisa eu não entendia,
Como o amor impossível assim se nutria
E lhe definhava a cada dia o seu viver.

Mas, hoje diante de um amor que tenho...
Tão improvável, platônico e nada sereno...
Eu sei muito bem o que o poeta tentou dizer.

(Nelson Rodrigues de Barros)


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