quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Vale químico do palco



Nos vãos dos muros,
- frestas - de luz
Que nos cercam
Ouro, gradativo,
Holofotes, verbo,
Reflexos em um
Espelho mudo, platéia

Regurgita fel, pus e sangue
Na platéia
Que o come com olhares

Banquete de informação
À luz da canção de si,
Putrefação
Comem carniça teórica
Então.

A graça jaz perene em
Hospitais psiquiátricos
Poupando luz e gestos

Intelectuais e loucos
Entabulam-se em planilhas
Do ser em si

Todos certos de que
Estão com a razão sobre tudo.


ACM

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